Pensamos viver
Têm todos os moldes a fragilidade
da inexistência
Todos os medos são só a lama que retarda
Os passos em direção ao relvado
Sou eu com você o que nunca pude ser só
O que uma vida de múltiplas tentativas
De dedicação e meditativo silêncio
Nunca poderia me comprar
Amanhã é vocábulo de tolos
Só o que me assusta é o afastamento
Duma realidade tridimensional, a dor
Não retardes nosso amor - não retardes
Que não quero morrer sabendo
Que não pude vivê-lo, podendo
Não, eu não quero morrer
Noutro lugar que não em teus braços
Uma legião de demônios a serem domados
Um múltiplo mundo à espera de
desbravamento
Mas, oh, todas as estradas têm
a cor da tua pele
E como poderei viver diante da visão
do fim?
Segura-me a mão nas tuas
Não apontes em qualquer direção e digas
"É para lá, o caminho"
Porque tua voz é guia minha
E o caminho termina onde começa
teu corpo
E o mundo termina onde começa
teu abraço
Quero ainda todas as viagens, e cidades
Quero todas as praias e hotéis contigo
O calor do teu corpo e o sopro dos ventos
do Mundo Novo
Não, eu não quero as promessas do futuro
Nem justificações para o atraso
Abandona esse mundo agora
Que é só um campo de batalha
De insaciáveis gladiadores
Em busca do que já encontramos.