segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Céus Cinzentos, Esperanças Meio Azuis


Azul, azul, azul
Como era o do céu
Que o nevoeiro roubou
Que cinza aquela tarde!

Ouço num canto qualquer que é um milagre,
A própria existência
E que admirável é que não nos dissolvamos
Durante o banho

Tu estás acordado?
Teus olhos vagueiam como num sonho
Em que és errante, perdido dos teus pais
Numa vasta praça de mercado

O toque divino num mundo ateu
[Um ateu nas terras de Judá]
Um sonho esquecido e cambiado
Por uma fácil e palpável ilusão

Nem correr podes,
Que a chuva não deixa

Há barragem entre a alma e os olhos
Que a visão de ti quase rompeu
As águas doces da chuva
Misturando-se ao sal da lágrimas
[E o sal das lágrimas já nada há de fazer]

Sol, retornas, sol
E faz brilhar de novo esse azul
Que sem tua luz-guia
Nós nos perdemos mais do que nos é comum. 

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